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idiomas e emoções: têm relação?
linguagem, emoções, podcast, perfumes, intenções and more
fyw (for your week)
Bom diaa quarta-feira 🌞. Prontas para dar aquele último gás para a chegada do fim da semana? Espero que sim. Caso não, tá tudo bem também, aqui abraçamos todas as sensações.
Vocês viram a planilha de influenciadores 💻 que vazou semana passada? Acho que o que mais me fez refletir é sobre como o dilema personalidade x imagem é real: muitas pessoas ali aparentam ser de um jeito, mas receberam comentários super negativos 🤨 ou positivos 🥰.
Doideira né? Como você se comporta em relação às outras pessoas? 🫵
O nosso tema da semana não tem muito a ver com isso, mas também considera um dilema: o da língua 😜 x emoções 🧐. Vocês se sentem diferentes ao se expressar em outra língua, Xodós? Let 's get started.
To have a second language is to have a second soul
já parou pra pensar
você se sente diferente quando fala outra língua?
Ano passado, passei 4️⃣ meses morando fora e falando, durante a maioria da viagem, em inglês 🇺🇸. Quando eu falava com os meus amigos daqui, gostava de dizer que a Leticia americana era de um jeito e a brasileira 🇧🇷 de outro. Por que isso acontece?
Algumas expressões são melhores em inglês 🇺🇸, outras em português 🇧🇷, mas o que eu me questionei foi: porque quando ficamos um tempo fora, sentimos que podemos ser outras pessoas e qual o motivo de desejarmos tanto fugir daqui 🏃♀️e ir para um local no qual ninguém nos conhece (todas já sentimos isso).
Qual a relação da língua 😝 que falamos com os nossos sentimentos?
@bynojinho Os problema somem, mas vem outros KKKKKK #europa #viagem #morarfora #brazilian #brasileiranaeuropa #saudemental #mudança #estrangeira #italia
linguagem e emoção: momento ciência
Antigamente, muitos estudiosos das línguas diziam que todas elas tinham estruturas semelhantes 🟰 e que todos os humanos entendiam as coisas da mesma forma 🧠 - afinal, todos temos contato com os mesmos objetos. Isso já se comprovou falso, e que cada povo tem expressões próprias.
Atualmente, são mais de 7.400 línguas 👅 vivas pelo mundo. Então pense nos diversos modos de definir a realidade que temos por aí.
Por exemplo, existem povos indígenas 🪷 que não tem palavras para o tempo ⏳ - ou seja, horas e minutos - de maneira que a forma que sentem e demarcam o tempo diverge da nossa. Outra ideia que me marcou muito é que, no inglês, não existe uma expressão única para saudade 😪 (a qual carrega, sozinha, muitos desdobramentos).
O ciclo é - entendemos a realidade 🧠, captamos, e interpretamos o ocorrido no nosso cérebro de acordo com a nossa língua materna 😛.
Entendem que aqui, literalmente, a língua afeta a nossa forma de ver o mundo?

Indo ainda mais fundo na questão da língua, segundo a psicologia cognitiva 🧠, tudo o que interpretamos fazemos com a língua que usamos - então acessamos memórias 💬, lembranças e sonhos 💤 em português.
Agora vamos entender as emoções: o que sentimos é uma junção de substâncias químicas 👩🔬 (medo -> suor) com condições externas ➡️ (ruas escuras e vazias -> medo); logo: ruas escuras geram medo que ocasionam o suor - sacaram?
Esses cenários que a gente lê 👀 (estou numa rua vazia, tenho medo e suo) são traduzidos para a nossa língua, já que essas sensações são todas abstratas, enquanto a língua torna tudo realidade.
Então, Xodó, a relação é muito forte 💪 - tudo o que sentimos, entendemos, lemos e criamos (mesmo que sejam cenários delulu) são feitos na língua que falamos.
falar outra língua é uma forma de escapar?
Para quem fala mais de uma língua 😝, saiba que a sua forma de ler cenários é diferente da forma que pessoas que falam apenas uma o fazem - já que aqui você tem mais repertório (é como se a sua sopa 🍜 de letrinhas ficasse maior, entende?).
E, de fato, certos idiomas nos oferecem mais formas de nos expressar 🗣️ (a exemplo, em Português 🇧🇷 temos tempos verbais, mas em Mandarim 🇨🇳, não), mas fiquei pensando: como posso adaptar essas palavras à realidade da minha língua principal. E como posso transpor essa realidade que quero tanto viver em outro país - realidade nova, língua nova e pessoas novas - a que eu já vivo aqui 🙌?
Tá tudo bem sonhar em fugir daqui 🏃♀️ para conhecer novas pessoas e se descobrir - minha experiência lá fora foi crucial para isso. Porém, tive que tomar muito cuidado para não desgostar da versão do Brasil 🇧🇷 em prol da que vivi lá fora - ambas são especiais.
Como tornamos a realidade que vivemos aqui menos desejável de fuga? 🫵

dar nome aos bois
Vamos entrar na neurociência 🧠 da coisa, que vocês sabem que eu amo. Quando pegamos determinadas emoções e externalizamos 🗣️ o que elas querem dizer, o nosso cérebro se acalma 🧘♀️.
É como se passássemos a saber as expressões e reações associadas a ela - exemplo, a raiva 😡 nos faz aproximar a sobrancelhas e nos deixa ansiosas - e isso facilitasse a leitura do cenário.
É como se fossemos mais capazes de identificá-las quando acontecem e lidar com elas da melhor forma 🧡.
Além disso, a língua materna 😛 é a responsável por ativar a parte emocional do nosso cérebro, então a maioria das nossas memórias positivas e negativas são registradas nela.
O que quero refletir com vocês é: nomeie as suas emoções 🫵, escreva, fale, veja as expressões e o que elas te fazem sentir.
Esse é um mecanismo lindo para podermos nos acalmar e trazer previsibilidade para certas situações nossas 🧘♀️. Faça uso da linguagem em prol das emoções!
💙Ah, e uma super recomendação: o podcast “Para dar nome às coisas”. Ele faz exatamente isso, pega sensações e experiências e dá nome a elas, tornando-as mais claras para todas nós, Xodós.
E o desafio da semana é: descreva todas as emoções mais fortes que sentir 🫵 - seja medo, ansiedade, alegria, nervoso, etc etc. Faça isso por pelo menos 3 dias.

para aquecer a cabeça: trend do momento
queria sumir das redes e, também, virar influencer
@sodremat um vídeo pra galera mais jovem entender um pouco de onde tem pisado - e o que pode fazer pra ter uma relação menos torturante com as redes... See more
Acho que dificilmente esse vídeo não tenha te cruzado o olhar 👀 essa semana, do Matheus Sodré, que fala que estamos desanimados, tristes 😰 e deprimidos, e o motivo disso são as redes sociais 📱.
😆 Engraçado como hoje queremos trabalhar com a internet, mas ao mesmo tempo fugir dela.
A nossa relação com as redes sociais é sim problemática 🆘: já discutimos sobre beleza e amores nessas frentes, mas a verdade é que não dá para viver sem elas hoje, então porque não converter isso em trabalho, certo?

Tá tudo bem querer ser influenciadora 🗣️, mas lembre-se de certos pontos para que essa relação possa ser a mais legal possível:
🫵 Qual conteúdo se aproxima do que você gosta? Qual o impacto para as outras pessoas?
👍 Como eu faço que esse conteúdo seja bem recebido - lembre-se que esse é um trabalho de influenciar os outros e acho que já passamos da fase de achar que isso é brincadeira;
🤨 A sua vida não precisa ser 100% exposta - não se sinta pressionada e postar tudo - uma vez que você começa fazendo isso, terá que fazer para sempre.
em busca de respiros
perfumes, podcast, tiktok and more.
🌺 Sei que nunca trouxe esse meu lado para vocês, mas sou viciada em perfumes! Conheci o Tonka da Granado e já quero comprar;
🪞Esse app do podcast “No Espelho” tá tudo de bom! Fala sobre coisas que salvam o nosso bem-estar, e achei legal para pensar;
🗣️ Ah, promessas, elas me deixam muito pensativa. Olhem esse TikTok.
🗒️ Can relate. Quem já desabafou nas notas? Eu sou a maior fã de escrever e analisar se aquilo merece ser mandado ou não.
me: momento eu
“As coisas que eu faço são com qual propósito 🫵?”
Essa semana vi um vídeo no TikTok que falava sobre fazermos as coisas esperando algo em troca ↔️, e o como isso torna o executar sem sentido nenhum. A ideia do vídeo era falar que devemos focar no que é interessante para nós 🥰.
@refinedambition_ Pay attention to what’s going on inside yourself. #rickrubin #robertgreene @On Purpose Podcast #inspiration #hopecore #spiderman #tomholl... See more
O que parei para refletir foi: o quanto dos hábitos que me forço a ter vem do outro ➡️? Por exemplo, sou uma pessoa que me cobra muito e, às vezes, me forço a ler por ter que bater uma meta - invisível - de ler x livros 📚 por mês.
Porém, minha vida agora não acompanha esse ritmo 🎶, e me sinto mal por não cumprir. Engraçado que passei a querer bater esse “tal número” depois que vi uma amiga minha fazendo 👯♀️.
🟦 Então quero me colocar em cheque com vocês, Xodós: vamos revisitar os nossos hábitos, ver o que serve, o que já não cabe e até remodelar alguns.
No meu caso, eu leio para acalmar a cabeça 🧠, não para bater metas; logo, preciso voltar a ler com tranquilidade. Pegaram a ideia?

para lembrar: palavra da semana
Falar 🗣️. Isso mesmo, passando a te motivar a usar da melhor forma o nosso poder de fala.
Um abraço apertado,
Stay you!

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