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vai um super like ai?
tinderização, amores líquidos, obsessão, hobbies and more
fyw (for your week)
Bom diaa quarta-feira ☀️. Prontas para dar aquele último gás para a chegada do fim da semana? Espero que sim. Caso não, tá tudo bem também, aqui abraçamos todas as sensações 🫂; temos feriado para conseguir dar aquela pausa gostosa e merecida.
Essa semana minha vida virou de cabeça para baixo ⬇️, e quero compartilhar esse momento com vocês. Voltei a trabalhar 👩💻(estava nos moldes do desemprego temporário), 100% presencial, então teremos muitas mudanças na minha rotina 😶 - o que me deixa levemente nervosa: sou muito apegada aos meus rituais e espero conseguir mantê-los (vamos trabalhar a flexibilidade? 🧘♀️ ).
Ao que interessa, chegamos a nossa segunda edição: Vamos falar de apps de namoro? 📱 Mas antes, nossa amada frase da semana:
O tempo de amor é tempo de dor. O tempo de paz, não faz, nem desfaz. Ah, que não seja meu. O mundo onde o amor morreu
já parou pra pensar
tinderização do ser humano
Hoje vamos falar de amor 🫶, uma pauta que eu sou apaixonada por conversar, escutar e estudar - porque acredito que é parte da essência humana 🧬. Mas na nossa news de hoje, quero debater a tinderização do amor.
Tinderização se refere a influência que aplicativos - tanto de relacionamento quanto redes sociais no geral - têm sobre a nossa forma de encontrar a famosa tampa da panela 🍳.
A inspiração para escrever sobre isso me veio de 2️⃣ fontes distintas: a primeira delas foi o caso do homem brasileiro que processou o Tinder 👩⚖️ por ter entrado no aplicativo e só encontrado decepção; a segunda, que os brasileiros têm se tornado cada vez mais haters 😡 do super like - só em 2024, o app enfrentou uma queda de 24% nos usuários ativos (parece a minha vida amorosa 😿).
Então parei para pensar: o quanto estamos decepcionados com os mapas que nos deram para encontrar o amor?

quais são as origens das consequências do arrastar para direita ou esquerda?
Eu poderia trabalhar diversas ↔️ frentes aqui, mas quero olhar novamente para duas principais, uma que é a nossa velha conhecida - amores líquidos 💧de Bauman -, e outra que é a libido ⚡️ (a sexual? essa mesmo, porém a libido pode estar em várias esferas da vida 🔵, o que vamos entender agora).
Para Bauman, vivemos em uma realidade líquida 💦, cheia de sinais que não entregam nada 👎, imprevisibilidade e mudanças que impactam a forma de amar 🩵. Tudo se torna frágil demais, raso e inseguro. Já sobre a libido ⚡️ - vamos entender libido como “energia” -, antigamente, não tínhamos tantos alvos 🎯para depositar os nossos dardos: era trabalhar, cuidar da família e ampliá-la.
Contudo, nos dias de hoje, recebemos muitos estímulos 🫵 e criamos desejos que nem sabíamos que eram possíveis - viajar o mundo 🌍, ser famosa na internet 🛜 ou triplicar o nosso dinheiro 💰 com bitcoins - e, em muitos casos, não temos mais pique para gostar de alguém 🙋♀️ e sustentar uma relação, então corremos disso, ou entregamos pouco.
Nossos vision boards são cada vez mais extensos. Imagem: Pinterest.
Os apps vieram para tentar ampliar ➕ as nossas frentes de contato, mas no fim, fecharam o nosso olhar 👀 para uma única forma de chegar no tão desejado amor.

fica mais fácil de só sumir e não assumir responsabilidades
Em uma entrevista para o FFW, o psicanalista 🔍 Felipe Jarrusso fala sobre o ghosting 👻 com a frase:
Mas esse momento extremamente neoliberal onde tudo vira consumo, incluindo as nossas relações, por conta de apps e redes sociais, nos dá essa sensação de possibilidades infinitas e outra possibilidade também, que é a de não se responsabilizar.
O fenômeno do ghosting 👻(estimular uma conversinha ali e dar chá 🍵 de sumiço depois) é um efeito da tinderização. Por conta dos aplicativos, quando queremos nos afastar 👋de alguma coisa, entendemos que é só bloquear a tela e pronto ✔️, está resolvido. Entretanto, esquecemos que, entre seres humanos 🙋♀️, não tem essa de bloquear e acabou o problema.
Desacostumamos a lidar com as dores 🤕, pressões 😥, questionamentos 🤨 e exigências 😮💨que os relacionamentos colocam, o que só nos possibilita viver no raso - que é onde esses fenômenos acontecem. Os amores saem das telas 📱 e assustam, pois só aprendemos a curtir, arrastar, comentar e, no teti a teti 🫂, as coisas se tornam mais difíceis - ou a gente só desaprendeu e, por conta disso, parece complicado.
Tudo é muito rápido para a gente 🏃♀️: não gosto? Apaga; foto ruim? Efeito. Sempre há um caminho curto para seguir 🛣️ e minimizar os danos. Mas até agora, ninguém achou a solução para essas pessoas que desaprenderam a amar 🚫.
Tem um caminho 🛣️ mais curto a se seguir?
como tirar o amor da tela?
Era inevitável que na era do videogame 🎮 os amores se tornassem parte disso - a gente passou a ter uma vida online 🛜 e é claro que um dos assuntos mais emblemáticos se tornaria parte dele. O amor é um jogo 🎲: jogo de poder, jogo de sedução, jogo de vai e vem, avança e recua. Sempre foi assim, mas atualmente as pessoas depositam toda essa energia ⚡️ para jogar no app, e fora dele, como conduzir?

Como jogar o jogo que não vem pronto, com instruções claras 💡?
Não tem fórmula fácil nesse caso 😥. Tudo começa com autoconhecimento 🫵 e responsabilidade emocional 🥹. Reconhecer que hoje existe esse fenômeno e pensar em formas de usá-lo ao seu favor - caso seja do seu interesse - ou driblar os seus efeitos. Se perguntar: o que é amor 🥰 para mim e qual é a minha forma de atingi-lo? E caso você tenha a resposta, se disponha a isso: nada vai cair do céu 🌌 (a gente quer correr dos dates, mas eles nos perseguem 🏃♀️).
A certeza que temos é que é mais difícil criar laços com as pessoas através das telas 📱, então deixo um questionamento final para todas nós: o que andamos fazendo para sair do mundo virtual ⁉️.
Imagem: Pinterest.
em busca de respiros
📢 Me pediram dicas de podcast então aqui vai um que não vivo sem: Meu Inconsciente Coletivo. Se você gosta de explorar temas como sexo, psicanálise, relacionamentos e variações, ele é perfeito. Abriu meus olhos!
🍩 Essa semana provei os doces da Fit Não Fat e posso dizer que fui muito feliz. Os bolos são super gostosos e sem açúcar.
🧘♂️ Vai aí um novo hobby? A ONE Pilates abriu agora no Itaim e não vejo a hora de testar!
💴 Sabia que cuidar das suas finanças também é se cuidar? Peguei esse livro de recomendação, e não vejo a hora de ler.
🍝 Tá rolando restaurante week até dia 24/11 e não perderia por nada a oportunidade de provar comidinhas novas com as amigas.
pro tip
obsessões, como se livrar delas?
Semana passada, trouxe para vocês o “me: momento eu 🙋♀️”, quadro no qual falamos sobre desabafos e questionamentos da nossa cabecinha 🧠. Pretendo alterna-lo, sempre que possível, com esse outro espaço 🚀 em que trago especialistas em certos assuntos para falar com vocês.
Hoje temos aqui a minha querida psico: Thalita Camargo. Nós conversamos sobre obsessões na última sessão, e pedi para ela uma ajuda:
O que é a obsessão 🧌 e como sair desse ciclo que parece infinito ♾️?
Sabe aquele pensamento que gruda na mente e parece não largar, como um chiclete preso no sapato 👞? Por mais que você mude de foco 🎯, ele insiste em voltar! Essas vozes são os pensamentos obsessivos: você não os escolhe – eles simplesmente aparecem. A chave 🔑 aqui não é impedir que eles surjam, mas decidir como lidar com eles.
Como se livrar da neura? 🤯
Reconheça: Esses pensamentos não definem você 🙋♀️ e não estão no seu controle.
Não reaja: Não precisa responder ou dar atenção 🚨 a eles. Apenas siga com o que realmente importa.
Volte à realidade: Fixe sua atenção no que está acontecendo no momento presente 🎁. Lembre-se, você não é refém 🚔 dos seus pensamentos. Você pode transformá-los e viver com mais leveza.
Afinal, você não é o que você pensa, mas o que faz com o que pensa.

para lembrar: palavra da semana
Relacionamentos 🫂. Como você anda cuidando dos seus?
Um abraço apertado,
Stay you!

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